Preço de passagem aérea deve cair após baixa no custo de combustível, diz presidente da Azul

Preço de passagem aérea deve cair após baixa no custo de combustível, diz presidente da Azul

 

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, afirmou nesta segunda-feira (23) que os preços das passagens devem cair no fim do ano com a redução do querosene de aviação.

O combustível usado pelas aeronaves teve queda de 8,8% em setembro. No ano, a redução é um pouco mais tímida, de 8% -com expectativa de novas baixas nos preços nos próximos meses.

"O querosene da aviação tem caído 20% [nos últimos meses]. Nós estamos muito animados para a alta temporada agora. A gente tem sofrido há muitos anos com preço alto, então [...] o preço do combustível cair 20%, nós estamos muito animados por isso", disse John.

Segundo o presidente da Azul, demora de 30 a 45 dias para a empresa aérea repassar os reajustes nos valores ao consumidor. "Também depende de quando a pessoa compra a passagem aérea", afirmou.

John Rodgerson também disse que a Petrobras deve baixar novamente o valor do combustível da aviação. A empresa aposta na queda por acompanhar dados diários sobre o QAV (querosene de aviação).

O presidente da Azul afirmou ainda que a empresa não vai capitalizar a TAP com a dívida de R$ 1,2 bilhão que a companhia portuguesa tem com a aérea brasileira.

O governo português tenta pela segunda vez privatizar a TAP. O grupo alemão Lufthansa está interessado e começou tratativas para ver a viabilidade do negócio. Com o avanço da privatização, a Azul contratou um escritório de advocacia na Europa para cobrar a dívida.

"Nós investimos na TAP em 2016. A gente botou 90 milhões de euros dentro da TAP para ajudar a capitalizar a empresa. É uma dívida antiga que já é reconhecida", disse John Rodgerson.

Ele disse que o valor voltou ao noticiário porque a "TAP está pensando em se vender de novo". "Com essa venda, eles têm que pagar [a dívida] de volta", afirmou.

Questionado se a dívida pode ser transformada em ações da TAP, John disse que não.

O presidente da Azul falou com jornalistas nesta segunda após a empresa assinar acordo de cooperação com a FAB (Força Aérea Brasileira) para integração de um banco de dados sobre militares da reserva com os sistemas da empresa.

O objetivo é permitir que os militares, após saírem da FAB, possam participar de processos seletivos da companhia aérea para eventual contratação. John anunciou no evento que a Azul contratará 1.300 ex-militares até o fim de 2025.
Na entrevista após o evento, John Rodgerson disse que o FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil) é importante para garantir investimentos para o crescimento das companhias aéreas após a pandemia causar forte impacto no setor.

O Fundo Nacional de Aviação Civil foi criado por uma lei, sancionada pelo presidente Lula (PT) no último dia 18 de setembro, que vai disponibilizar cerca de R$ 5 bilhões em crédito para as empresas aéreas.

"Nós somos uma das únicas indústrias que não tinham uma linha de crédito junto com o governo. Agora temos. Isso permite que nós podemos comprar mais aeronaves, podemos colocar mais aeronaves para voar", disse o presidente da Azul.

John afirmou que o FNAC garante investimento "constante" e que as empresas aéreas podem "depender dessa linha de crédito" para honrar seus compromissos de investimento.

 

Fonte: noticiasaominuto


ENTRE EM CONTATO



LOCALIZAÇÃO

Avenida nova Cantareira , 2014
CJ - 06 Tucuruvi - São Paulo-SP
CEP: 02330-003

(11) 2208-3222